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Brasil

Com risco de prisão, diretor-geral não comparece em entrevista da PRF sobre bloqueios

Comandante da corporação foi o único dos diretores a não responder à imprensa durante entrevista coletiva em Brasília

Publicada em 01/11/2022 às 16:01h

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Marina
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Com risco de prisão, diretor-geral não comparece em entrevista da PRF sobre bloqueios
 (Foto: Reprodução da web)

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, não compareceu a uma entrevista coletiva convocada pela corporação para anunciar quais iniciativas foram tomadas para desmobilizar os bloqueios nas estradas brasileiros promovidos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).

Inicialmente, a PRF informou que a entrevista coletiva, concedida na sede do órgão em Brasília, na manhã desta terça-feira (1º), teria a presença de Vasques. No entanto, no início do pronunciamento, os diretores presentes afirmaram que o diretor-geral não compareceria por estar em reunião com o ministro da Justiça, Anderson Torres.

Na coletiva, a PRF anunciou que há 267 pontos de interdição que seguem ativos nas estradas federais de todo o país. A corporação informou que o estado com mais interdições é Santa Catarina, seguido por Pará e Mato Grosso. Os servidores apontaram ainda que que os agentes que foram identificados tendo condutas inadequadas já tiveram procedimento administrativo instaurado.

Diversas rodovias pelo Brasil estão ocupadas por grupos golpistas que protestam contra resultado da eleição, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os servidores da PRF que estiveram na entrevista coletiva listaram ações que estariam sendo realizadas em função dos bloqueios nas rodovias e estradas.

Diante da "omissão e inércia da PRF", o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou multa de R$ 100 mil por hora e de caráter pessoal para Silvinei Vasques a partir desta terça-feira (1º), e, "se for o caso", seu afastamento e prisão em flagrante por crime de desobediência.

Vasques virou protagonista do noticiário político no domingo (30), durante o segundo turno da eleição presidencial, ao descumprir determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e comandar operações da PRF, preferencialmente, em redutos eleitorais petistas.

As operações da PRF nos estados, que estariam atrapalhando a viagem dos eleitores aos locais de votação no país neste domingo (30), teriam sido articuladas inicialmente no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Conforme mostrou o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, na noite de 19 de outubro o núcleo duro da campanha do Bolsonaro teria se reunido e traçado as ações.




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