O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta terça-feira (11) que as entregas de sistemas de defesa aérea estadunidenses para Kiev tornarão o conflito "mais longo e doloroso para a Ucrânia", mas não mudarão os objetivos da Rússia.
Na última segunda-feira (10), tropas russas lançaram ataques com mísseis em quase todo o território da Ucrânia, incluindo a capital Kiev, que não era alvo de ataques russos desde o início da guerra. De acordo com os dados mais recentes, 19 pessoas morreram, outras 105 ficaram feridas por conta dos bombardeios.
O alvo dos ataques russos, entre outras coisas, foi a infraestrutura energética da Ucrânia. Após o bombardeio, várias regiões ficaram completamente sem fornecimento de energia, em outras regiões da Ucrânia houve interrupções no fornecimento de eletricidade. De acordo com o Kremlin, os ataques foram uma resposta à explosão na ponte da Crimeia em 8 de outubro, incidente que Moscou atribuiu à Ucrânia.
Após os ataques, em uma conversa telefônica com o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, o presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu que os Estados Unidos continuariam apoiando a Ucrânia com tudo o que for necessário, incluindo o fornecimento de sistemas avançados de defesa aérea.
O presidente norte-americano condenou os ataques russos à Ucrânia e expressou condolências às famílias e amigos dos mortos e feridos "neste ataque sem sentido".
Biden também destacou que está em contato constante com aliados e parceiros que continuarão a aplicar todos os esforços para responsabilizar a Rússia por crimes de guerra e fornecerão à Ucrânia recursos econômicos, humanitários e assistência de segurança.
A Rússia repetidamente declara que o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia apenas prolonga o conflito, destacando que o transporte de armas se torna um alvo legítimo para o exército russo.